Formado em Engenharia de Computação e Antropologia pela Universidade Estadual de Campinas, trabalha a mais de 25 anos com pesquisa e desenvolvimento na área de Software em empresas como IBM, Nortel Networks e Motorola. Atualmente, ele atua como Gerente Sênior no desenvolvimento de sistemas e aplicativos de Dogfooding.
Palestra da Indústria: “Dogfooding: a estratégia de crowdsourcing da Motorola para para qualidade de sistemas complexos”
O termo Dogfooding está relacionado com a ideia de “experimentar a comida de seu cachorro”, mais especificamente, usar um produto ou serviço desenvolvido dentro de sua empresa, antes de que o mesmo seja colocado no mercado. Essa técnica permite que cenários de uso não previsíveis sejam exercitados ainda na fase de desenvolvimento reduzindo a probabilidade de defeitos escaparem para o campo.
O desenvolvimento de novos smartphones é uma operação altamente complexa dada a grande variedade de possibilidades de utilização dos mesmos, a técnica de Dogfooding tem sido largamente aplicada nos últimos anos, possibilitando uma cobertura de casos de uso que seria muito difícil atingir com metodologias formais de teste. Ao desenhar a população de Dogfooding como uma base de usuários com perfil semelhante ao do consumidor alvo de cada smartphone, é possível avaliar a performance em áreas chave como câmera e duração da bateria, e outras áreas como usabilidade e o impacto do design do produto no dia a dia. Outro benefício dessa metodologia é expor o produto a aspectos únicos que apenas algumas regiões, países, ou perfil de usuário apresentam.
Para atingir tal objetivo, a diversidade da população de Dogfooders é fundamental e uma operação desse porte é bastante complexa e cara (em torno de 4000 Dogfooders, distribuídos em vários países do mundo), o objetivo desta apresentação é mostrar um histórico da operação de DF, as estratégias criadas ao longo do tempo para tornar essa operação mais eficiente e eficaz, os desafios encontrados, as soluções escolhidas, e quais funcionaram e quais não.